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Yury A. Dmitriev

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Yury A. Dmitriev
Yury A. Dmitriev
Nascimento 28 de janeiro de 1956
Petrozavodsk
Cidadania União Soviética, Rússia
Ocupação ativista dos direitos humanos, historiador, jornalista de opinião, editor
Distinções
  • Cruz de Ouro do Mérito (2015)
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Yury Alexeyevich Dmitriev (Petrozavodsk - 1956) é um ativista de direitos humanos e historiador local em Carélia (noroeste da Rússia). Desde o início dos anos 90, ele trabalhou para localizar alguns dos locais de execução do Grande Terror de Stalin e identificar o maior número possível de vítimas enterradas neles.[1][2][3] Como resultado de seu trabaho o passado de Karelia é melhor documentado a esse respeito do que quase qualquer outra parte da Federação Russa.[4]

Em 31 de dezembro de 2017, Yury Dmitriev foi um dos 16 jornalistas, escritores e historiadores russos, presos ou perseguidos pelas autoridades, os quais foram reconhecidos no anual Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento realizado em Strasbourg.

Investigação

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Dmitriev é particularmente conhecido por sua participação na descoberta e investigação de dois locais, Sandarmokh e Krasny Bor, e sua subsequente transformação em complexos para relembrar as vítimas de comunismo.[2]

Com base na informação dos arquivos, Dmitriev identificou os nove mil homens e mulheres baleados em Sandarmokh e enterradas em 236 valas comunais.[2]

Krasny Bor é uma área arborizada, não muito longe de Petrozavodsk, a capital da Carélia, com uma área de aproximadamente 350 por 150 metros.[5] Segundo relatos de execução nos antigos arquivos da KGB para a Carélia, 1.193 pessoas foram fuziladas e enterradas lá: 580 finlandeses, 432 carelianos, 136 russos e 45 pessoas de outras nacionalidades. Os fuzilamentos ocorreram de 9 de agosto a 15 de setembro de 1937 e de 26 de setembro a 2 de outubro de 1938.[5]

Reconhecimento

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Em 2005, Dmitriev foi premiado com o prêmio "Golden Pen of Russia" por suas publicações.[6]

Em 2015 ele recebeu a Cruz de Ouro do Mérito da Polônia por seu trabalho na localização de enterros em massa em Sandarmokh e em Solovki, e identificou as vítimas que eles continham: os poloneses étnicos na União Soviética eram uma das nacionalidades alvo do Grande Terror.[7]

Em 2016 Dmitriev foi premiado com um Diploma de Honra da República da Carélia.

Referências